The toys that made us: Hello Hitty

outubro 26, 2019

Há segredos que carregamos connosco e dos quais, felizmente não restaram muitas provas. Excepto uma ou duas fotos com um colar da Hello Kitty feito com pasta de moldar. Eu fui, durante dois anos completamente obcecada com a Hello Kitty. Não tinha nenhuma mochila porque eram demasiado caras, mas lembro-me da minha prenda de aniversário de 12 anos ter sido um peluche que ainda hoje tenho (foto anexada abaixo). De dossiers a estojos, eu devo ter chorado pela torradeira cor de rosa que nunca cheguei a ter. Por isso, não é de estranhar que esta manhã tenha devorado o episódio "Hello Kitty" da série "The Toys That Made Us".


Em certa altura todos ouvimos que a Hello Kitty era a filha do diabo, ou que era em homenagem a uma rapariga que tinha tido um cancro e perdido a boca... na verdade foi uma homenagem ao sonho de um homem. E foi um sonho bom não se enganem. Como é que um homem que sonha em vender coisas pequenas e fofas,  acaba como o um rei diabólico que comprou a marca a uma senhora com pouco dinheiro? 
Se isso é verdade ou não, o documentário não revela. O que podemos retirar deste documentario (para além de um revival da minha infância) é que a Hello Kitty quase foi extinta...várias vezes. Foi com muita persistência por parte do criador da marca e do pessoal do marketing e das vendas que ela chegou ao ocidente. 
Engolida pela vasta gama de personagens da Sanrio (a empresa que aparece em todos produtos de qualquer boneco mais "kawaii" que compramos), a Hello Kitty encontrou rivais no mundo real e dentro da sua própria casa, e foi só por volta dos anos 2000 que se tornou um ícone pop.
Por exemplo, sabiam que no inicio da sua carreira como personagem de culto, a Hello Kitty foi brutalmente esmagada pelo cão favorito de toda a gente? O Snoppy deu uma tareia à gatinha branca, mas ela não se deixou ficar. Aliás, o criador da Hello Kitty, Shintaro Tsuji foi o primeiro distribuidor de produtos do Snoppy no Japão! Caso para dizer que, quem não tem cão caça com gato, o criador da Sanrio criou uma arma de retaliação maciça. 
O mundo nunca vai ser menos cor de rosa, e tudo por causa de uma gata sem boca e dos seus mais de 50.000 produtos, que a não ser que sejam comprados na primark ou numa loja dos chineses, nos deixam a carteira mais leve.
Embora tenha apreciado saber mais sobre a história deste brinquedo que fez parte da minha infância, devo dizer que o episódio não vai por aí além. Talvez por se concentrar na trajetória de vendas mais do que nos produtos em si. 
Pessoalmente gostaria muito mais de ter visto uma abordagem "fanática" do que, a de duas pseudo- celebridades que adoram a Hello Kitty.
Porque no final do dia, ninguém fala tão apaixonadamente sobre algo, como alguém que lute verdadeiramente para o ter. Eu por exemplo, vou carregar para sempre a imagem da torradeira da Hello Kitty que nunca tive, e essa cicatriz nunca ninguém a vai conseguir apaziguar *introduzir voz dramática*



9 anos depois, o meu presente de aniversário mais querido de sempre






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