Pet Peeve Talks || Validação através dos outros

fevereiro 07, 2019



Sabem aquela coisa que nos tira do sério e, às vezes é até bastante estranha? Isso é um pet peeve. Eu tenho alguns desses, como por exemplo acordar a meio da noite e ter só uma meia calçada. Isso tira-me do sério. Mas há um outro montam de coisas que me tiram do sério, e este “quadro” vai ser sobre todos esses pet peeves e até sobre aquilo que não é um pet peeve, mas eu chamo pet peeve na mesma.

O pet peeve talks desta semana é sobre, a validação através de terceiros. E vocês podem perguntar, “Sara o que é isso?”. Bom, é aquilo que ouvimos durante toda a vida e que, chegando a certa idade se torna insuportável.

É a conversa que começa com “já fizeste amigos na escola” e que, a meio se transforma em “ já tens namoradinhos?” e no final termina “já tens boa idade para ter um relacionamento sério”.

Nunca tem realmente a ver connosco, as pessoas estão-se pouco marimbando para experiencias menos boas que tiveste, certas reticencias ou entraves que te coloquem na situação de ser um pouco mais “outsider”. As pessoas procuram a tua validação através de terceiros para estimar que tipo de status isso te dá, e consequentemente se é benéfico manterem uma relação de proximidade, (uma daquelas que legitima os comentários nos posts de instagram), ou se, por outro lado é melhor manter a ligação ao estritamente indispensável (natais, encontros de rua ou de supermercado, e ainda o inconveniente “então vemo-nos por aí”).

Ninguém está minimamente preocupado se já fizeste amigos na faculdade, ou se já namoras há três anos, o importante é, “mas esse teu colega é de onde?” ou “o teu namorado anda em que universidade?”.

A raiva corrói-me por dentro quando alguém me pergunta isto, apetece-me revirar os olhos e observar o meu próprio cérebro, em vez de dar a inconveniente risadinha falsa e não responder à pergunta, porque, até essa fase já passei.

Será que as pessoas, não percebem as expetativas e frustrações que acabam por depositar na pessoa alvo do seu escrutínio?

De repente acabam numa relação forçada, dois anos depois casam porque os pais durante as férias em monte gordo acharam que era “delicioso” casar os pombinhos no próximo inverno. Sem darem por isso, estão encurralados dentro de um smoking alugado, com manchas de ketchup no forro e num vestido amarelo, porque o padre sabe que ela já foi casada antes. No fim, obrigam os vizinhos a assistir a uma sessão fotografica de cinco horas no quarto de solteiro dele, o que gera apostas sobre quanto tempo, até que as fotografias do casamento sejam queimadas e ele volte para casa com duas caixas de cartão e aquilo que sobrou da dignidade no bolso de trás das calças de fato de treino.

As apostas dos vizinhos confirmam-se dois dias depois, quando ela aparece em casa da sogra de trombas, nada contente por ter que comer ensopado de gaivota na primeira segunda feira de casada.   




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