Anexo || Opinião
maio 26, 2016
Acabei o meu livro.
Andava a ler um livro.
Sobre duas amigas.
Estou a escrever desta maneira porque o livro passa-se mais
ou menos por e-mails.
O que equivale a isto que estou aqui a fazer.
Ontem publiquei aqui acerca do meu novo método e acho que
estou disposta aceita-lo. Gosto de aceitar as coisas por mim. Às vezes sou um
bocado estranha porque digo gosto da pressão das coisas, mas depois as pessoas
fazem-me pressão e acabo por detesta-lo, por isso hoje decidi que gosto do tipo
de pressão que exerço sobre mim. Não gosto que pessoas mal-educadas que só me conhecem
por uma parte minha publicada num site exerçam pressão sobre mim.
O livro “Anexos” é mais ou menos aquilo que esperava dele,
sem o “esperava”, na verdade esperava que fosse muito mais aborrecido. Às vezes
adoro livros aborrecidos porque me fazem descontrair, no entanto não me fazem
apaixonar. Deve ser por isso que pessoas que tiveram um namoro muito intenso
depois namoram muito, com muitas pessoas, mas sem muita intensidade. O Lincoln
não é assim, na verdade o Lincoln tornou-se tudo aquilo que eu esperava de um
homem.
O livro fala-nos basicamente de um rapaz que levou um forte
ponta pé no rabo da sua namorada Sam, que amava intensamente, no entanto ela
era como o verão sabem? Aquele tipo de amor fugaz, que quando dás por ti
desapareceu para dar lugar ao inverno…geralmente o inverno dura alguns meses,
no caso de Lincoln durou nove anos. Lincoln aceita um trabalho maravilhoso
(ironiiiiiiia) num jornal “The Courier” para trabalhar á noite a monitorizar os
e-mails das pessoas, (já mencionei que este livro se passa do antigo milénio
par ao novo? Porque é assim que se passa) e então ele acaba por se apaixonar
por uma de duas amigas que trocam e-mail muito interessantes sobre as suas
vidas.
Beth e Jennifer são amigas…pelo menos amigas de e-mail, elas
falam essencialmente no trabalho por mail, porque finalmente o jornal instalou
internet ahaha, o engraçado da situação é que Jennifer e toda a gente sabem que
os emails são vigiados, mas Beth não quer saber, continua a usar palavras inapropriadas
segundos os chefes, como (calma, porque isto é um pouco pesado) período, a
sério a palavra começada por “p” levanta bandeiras vermelhas no sistema que
Lincoln controla, e era suposto ele denuncia-las, mas ele está irremediavelmente
apaixonado por uma rapariga que não conhece. Beth é uma força da natureza, no início
do livro queria revirar os olhos ao seu namorado perfeito, ao seu maravilhoso
trabalho como crítica de cinema, ela até era alta e linda. Mas depois ela dá-me
um valente soco no estomago quando percebo que a historia dela com o Chris
(namorado) não é assim tão perfeita, ele é um sacana a sério, ela paga-lhe a
renda, ela ama-o como se ama a magia estranha que nos prende a um filme
maravilhoso que sabemos que não é verdade, e ele também a ama, embora seja uma
estrela do rock sem reconhecimento para além da cidade onde atua, ele nunca,
NUNCA, olha para mais ninguém, porque segundo ele, ele ama a Beth mais do que é
possível suportar… (podia ser muito spoiler, mas quero que leiam o livro) por
tanto ele é um anormal!!!!!!!
E Jennifer… ela é muito engraçada, mesmo sendo muito angustiante,
o marido dela é lindo, e ama-a, e eles tem uma vida perfeita, só que ele quer
ter um filho, e ela não, na verdade o livro começa com um “feto alcoólico” ou
seja, ela acha que está grávida porque foi beber com o marido e teve relações sexuais
com ele e não se lembra se usaram proteção ou não. O que sinceramente torna os
primeiros episódios muito engraçados.
Digo episódios porque me dá tanta piada ler o livro que
nestes últimos dias tenho relatado os acontecimentos á Diana, sinto-me como o
Lincoln o que é bastante fixe sabem? Essa é a cena boa dos livros, estás a
entrar na vida dos personagens e ninguém diz que és bisbilhoteira ou assim,
porque pagaste para te ali meter, o que é um pouco imoral se pensar bem nisso,
mas no entanto como a E.L
James reforça num dos seus livros, nada é realidade,
por isso tecnicamente, não estou a meter-me na vida daquelas pessoas, estou a
meter-me na cabeça do autor…o que pode ser ainda mais estranho, é assim que as
pessoas se sentem quando leem a minha historia?
Concluindo, eu não gostei do primeiro livro que li desta
autora, “Eleanor and Park” porque foi muito triste, demasiado triste, e embora
saiba que coisas daquelas acontecem na vida real, existe uma parte de mim que
se sente ligada aquele tipo de casos sabem? Não sei porquê. Também só decidi
que não gostei do livro estes dias quando passava os olhos por cima. Nunca
podemos dizer que gostamos de um livro a seguir a lê-lo, mais tarde ou mais
cedo mudamos de opinião…
Espero que tenham gostado, a sério, leiam o maldito livro,
deviam ver o final a sério… BESTIAL!!!!
-Sara.
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