"Tu" Netflix || Opinião

janeiro 15, 2019


Crédito da foto: Netflix



“Tu” ou “You”, como muitos devem conhecer, é uma das grandes estreias da netflix.


Penn Badgleu, o nosso famoso lonely boy volta para nos assombrar novamente, desta vez na pele de um stalker um tanto quanto perigoso.


O que mais surpreende em Tu, é que somos constantemente estimulados a acompanhar a narrativa, porque ao mesmo tempo que estamos a ver Joe; um tipo certinho e querido a conquistar a rapariga pela qual está apaixonado, somos obrigados a ouvir os seus pensamentos retorcidos.

Beck (o objeto de desejo de Joe) sinceramente não é uma personagem forte, na sua maioria bastante fraca, especialmente nos primeiros episódios fiquei aborrecida só de a ver falar. Para além disso, não consegui gostar dela, é alguém que vive numa bola de preguiça e muito dúbia, ela própria não se conhecesse, o que causa algum embaraço quando a tentamos entender.

Ao longo da série foi impossível não encontrar semelhanças com "The Fall", apenas no sentido do anti-heroi. Paul Spector e Joe são ambos assassinos com muito boa aparência e é muito fácil esquecermos que estão a interpretar vilões. Mais uma vez, uma história que nos distrai facilmente, é o culminar de todas as expetativas de um relacionamento, mas ao contrário. O amor, mas em forma de ódio. A riqueza que se disfarça de pobreza. A beleza que encontra alento na monstruosidade. São tudo extremos, não há um meio termo.

É um mundo maluco aquele para que somos transportados, e o mais assustador é que parece ser o mundo real.

Penn Badgleu é a estrela desta série, consegue fazer-nos focar no rapaz doce que destila açúcar e por momentos, breves momentos quando não o ouvimos pensar, até somos capazes de esquecer o psicopata que ele é.

Uma série viciante, que nos deixa o sabor de mais debaixo da língua, o que pode não ser muito bom analisando bem as circunstâncias.

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