Bohemian Rapsody || Opinião

novembro 10, 2018

Sinopse:

Uma singular celebração da banda Queen, da sua música e do seu extraordinário vocalista Freddie Mercury, que desafiou os estereótipos e quebrou as convenções para se tornar um dos artistas mais amados do mundo. O filme conta a história por detrás da ascensão brutal da banda através de suas canções icónicas e som revolucionário. Relata também a quase implosão da própria banda graças ao estilo de vida corrosivo de Mercury, e da sua reunião triunfante na véspera do Live Aid 



Este filme promete uma viagem pela história dos Queen e de Freddie Mercury, da ascenção da banda, da vida do vocalista e da grande reunião antes do Live-Aid.

Fui para o cinema como uma total iletrada no assunto, embora esta seja a banda preferida da minha mãe. Eu só conhecia o vocalista. Sai do cinema a abanar a cabeça de um lado para o outro a saber o nome de TODA a gente.

O filme tem sido amplamente criticado por focar apenas Freddie, o que eu pensei que fosse até compreensível, mas vendo o filme não é que ele se foque SÓ na vida de Freddie SÓ porque sim, e também não é que os outros sejam deixados para trás, porque para mim, as cenas mais icónicas do filme são quando estão todos juntos.

É um filme sobre música que pretende explorar a vida de uma banda que foi dos 0 aos 100 naquilo que parece um piscar de olhos. Num momento Freddie está a ser gozado pelos seus dentes à saída de um bar e no outro está a fazer delirar uma multidão indefinida de pessoas.

O tom do filme é um tremendo crescendo com uma estagnação talvez necessária na parte da separação da banda, como um momento que reflete a própria vida de Freddie, que embora cada vez mais agitada se torna vazia. 

A narrativa não se deixa influenciar tanto assim pelos excessos da vida de Freddie e os media adquirem um papel quase mínimo o que na minha opinião favoreceu toda a história que tinha como objetivo ser leve. Não pensei que humor fizesse parte do menu, mas é impossível não nos espalharmos a rir com os comentários sarcásticos da banda, discussões sobre singles e quem está atrasado.

Já a música, que fazia parte do menu fez as filas de cadeiras no cinema vibrarem, foi como lembrar-me de todas as vezes em que o som do carro foi aumentado durante uma viagem longa.

Se a qualidade de um filme se espelhasse só pelo ambiente na sala de cinema este seria um dos melhores que já vi. Havia gargalhadas, pezinhos a marcar o ritmo na sala e uma nostalgia pegada com os frames que antecederam os créditos.

Um filme para ver, rever e fazer um karaoke num sábado chuvoso.

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