7 dias sem "estagrame"
novembro 05, 2018
Parece que todo o santo dia ouvimos alguém dizer que os
nossos cérebros se vão transformar em alfaces, que vamos ter problemas na
coluna, tornarmo-nos seres mutantes esquisitos com ecrãs a saírem-nos dos olhos
e tudo culpa do quê? DAS REDES SOCIAIS! Especialistas, mais conhecidos como
pais dizem até que todos os nossos males são por causa dos “estagrames”
(intagram). Quantas vezes eu não disse “dói-me a barriga” e a culpa foi dos
likes todos que fiz em cinco minutos? Hum? Quantas vezes?
Verdade seja dita às vezes sinto-me sobrecarregada com a
quantidade de tempo que passo no instagram ou a ver vídeos, sinto que tenho
sempre a necessidade de saber o que se passa a todo o momento e isso não me faz
bem, nem a ninguém, deixamos de viver no corpo presente para viver as “ultimas”.
Não me sinto sempre assim claro, muitas vezes aproveito a experiencia de estar online,
mas por exemplo no verão antes de começar a trabalhar comecei a sentir-me
deprimida porque a única coisa que tinha para fazer era olhar, olhar e olhar.
Por isso a semana passada decidi que iria ficar a semana
inteira sem Instagram e Youtube que são as únicas duas redes que uso. Mantive o
Whatsapp porque: muitos trabalhos universitários dependem disso e porque é
assim que falo com os meus amigos.
E agora vou contar-vos como foi esta experiencia...sinto-me um
bocado idiota, e isto pode parecer idiota mas eu queria parar por algum tempo.
Queria olhar à minha volta sem o conforto de saber que quando ficasse
aborrecida tinha o instagram para me distrair.
E os resultados foram bons.
Primeiro decidi não ser radical e continuar a usar todos os
serviços pelos quais pago. A lista do que me foi permitido:
-Netflix: Geralmente vi de um a dois episódios por dia. Um
na ida e volta para a universidade e outro ao final do dia.
-Spotify: A estudar, no metro, numa longa viagem de carro.
-Whatsapp: Cuz trabalhos de grupo e combinar um almoço.
-Wattpad: Reli algumas das minhas fanfics preferidas.
No total a contar com os episódios de uma hora que vi, o
tempo a fazer os trabalhos de grupo, ler e ouvir música passei 13 horas
no telemóvel. Segundo os dados a culpa foi mais do Netflix que outra coisa, mas
vi 9 episódios por isso faz sentido.
O struggle:
·
Por vezes no inicio encontrava-me a carregar no
sitio onde a aplicação costumava estar. Mas ao fim de dois dias estava bastante
ciente e deixei de olhar para o telemóvel a não ser para ver as horas.
·
Outra coisa que foi difícil era o pensar “o que
será...”, por exemplo às vezes perguntava-me quem usaria o quê para o Halloween
e assim. Ou o que estaria X pessoa que gosto muito de seguir a fazer?
·
Senti mais falta do Instagram do que do Youtube,
mas foi fácil e no fim da semana já não incomodava nada.
O que fiz a mais:
· Li vários contos do Eça de Queiroz
· Escrevi para o Blog
· Vi uma série (eu nunca faço isso)
· Desenhei
Não senti a necessidade de instalar as aplicações de volta e
estava bastante ciente de que o estava a fazer porque queria, então não ser uma
obrigação ajudou. No final das contas senti-me bastante bem e um pouco mais
produtiva e focada, e menos stressada o que é interessante.
Agora estou a pensar senão devia fazer isto uma vez por mês.
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