Reportagem da Rolling Stone ao Shawn Mendes

novembro 27, 2018


                                         Direitos de Imagem: RollingStone Magazine


Ontem saiu a polemica reportagem do fulano Shawn Mendes à Rolling Stone, feita pelo sicrano Patrick Doyle (importante dar uma cara ao jornalista). Eu gosto de ler sobre festivais, concertos e música, e devo confessar que o trabalho foi muito bem feito, aposto que foi um numero de visitas ao site da revista absurdo!

Vamos focar-nos então nos motivos que nos levaram a ler? “Droga”, “mulheres”, “relacionamento com Hailey Bieber” ou “neurótico e homofóbico”...”, estas foram algumas das manchetes que vi com links para a entrevista, portanto este passo que está ligado ao sensacionalismo está CHECK!

No entanto devo confessar que ao ler a entrevista toda, para além disto (revirar de olhos) vi também uma reportagem com um texto um tanto pobre e apressado, focado nos detalhes sumarentos aos quais é atribuída uma brevidade perigosa. Passo a exemplificar: Dizes ao teu namorado “estou grávida” e a seguir começam a falar do facto das mudanças do carro estarem a fazer um som esquisito quando passas da segunda para a primeira... e é como se o tópico do bebé nunca tivesse acontecido.

Doyle atira ao ar que Shawn teme os comentários acerca da sua sexualidade e deixa o assunto por aí de certa forma, claro que depois, cada coisa que lemos associamos ao titulo...um tipo neurótico pois claro. Outro ponto de partir a rir é a forma como ele termina a reportagem.

Ora estão Mendes e ele num bar e enquanto o miúdo mete conversa com uma miúda do bar, Doyle parece quase chateado quando é convidado a ir embora (por volta das três da manhã, note-se) sem Shawn, sendo que depois termina com um “ele foi com ela para o quarto”, bla bla bla... mais três linhas e por fim termina com uma fala de Shawn a dizer que a rapariga se seguiu no instagram do telemóvel dele. (O que me parece uma grande mentira, mas estes famosos não têm senhas no iPhone?)

Assim se resume uma reportagem estranha.

Claro que não estou a criticar apenas o jornalista, ele tinha material para muito melhor, há que lhe dar créditos por se ter apagado (mais ou menos) das situações e por ter referido Portugal, mas porquê começar tópicos de conversa e depois não os terminar e saltar para um tempo dali a três dias? Talvez haja uma logística por de trás disso (com o editor chefe), mas não percebo.

E depois o Shawn que faltou a todas as aulas de media training do secundário... ele até pode ter falado 90% da entrevista sobre como o trabalho dele é fantástico e como se sente realizado, mas em que ponto ele achou que o jornalista não iria apanhar os 10% em que ele dizia que estava cansado, que era obcecado com ser visto com uma mulher para desviar comentários sobre a sua sexualidade, ou sobre a droga (se é que lhe posso chamar isso).

Uma reportagem real não hajam dúvidas, onde Shawn se abre sobre os seus loucos anos 20, mas que foi escrita, na minha OPINIÃO de uma forma pobre. O meu único pensamento é: quem me dera que tivesse sido outra pessoa a escrever.


Concluindo...daqui a três dias já ninguém se lembra!

As cientistas - 52 mulheres intrépidas que mudaram o mundo || Opinião

novembro 22, 2018




Autora: Rachel IgnotofskyEditora: Bertrand Editora
Isbn: 9789722535151
Preço:12,40 (promoção wook)
Classificação: 9/10

"As cientistas - 52 mulheres intrépidas que mudaram o mundo" 


É um livro infantojuvenil que tem despertado a atenção entre variadas faixas etárias. Escrito e ilustrado por Rachel Ignotofsky conta-nos a história do mundo das ciências como raramente a ouvimos. Pela voz das mulheres. Saltando de continente em continente e com uma paragem muito especial por Portugal, vamos conhecendo um bocadinho de cada mulher incrível que mudou o mundo das ciências.
Rachel fala à nossa criança interior e, ao contrario de outras biografias mais “adultas” que já li, esta faz-me estremecer por dentro. Há uma linguagem quase fantasiosa no livro, que nos faz sentir o girlpower nas veias. É incrível o que aprendi só nas primeiras duas páginas.
Barbara McClintock por exemplo apareceu de calças na faculdade do Missouri. A sua inteligência, perspicácia e claro, as calças causaram um grande reboliço. Deixou a sua marca e contributo para o estudo da genética, e nem por isso foi tratada com o respeito que a sua descoberta lhe devia proporcionar. Fez as malas e partiu da universidade que não lhe dava perspetivas de promoção- apenas com a certeza de que se recusava a comprometer o seu valor.
É isto que este livro nos diz na sua maioria. Estas mulheres fizeram tanto ou mais do que os homens e os institutos ou empresas onde se encontravam recusavam-se a financia-las, a deixá-las aprender, escondiam-nas atrás de biombos em salas de aulas para os colegas homens não se desconcentrarem, não recebiam salários.
Porque é que sempre que falamos em física nos referimos a Albert Einstein e não á brilhante Emmy Noether? Mais, porque é que continuamos a ler nos livros da escola que a foram James Watson e Francis Crick a descobrir a estrutura em dupla hélice do ADN quando na verdade foi Rosalind Franklin?
Este é um livro que quero dar às pequenas mulheres à minha volta.
O único ponto negativo para mim é que, por ser um livro que pretende chamar a atenção das crianças não é muito aprofundado, mas certamente despertou em mim a vontade de ler mais sobre algumas destas mulheres, que de alguma forma estão presentes todos os dias nas nossas vidas, sem que o seu valor lhes seja atribuído.
Um livro para ler enroscado no sofá à noite.




LM5|| Opinião

novembro 17, 2018





Nunca fui a maior fã das Little Mix, e posso dizer que nunca ouvi um álbum delas, apenas os singles e nem sempre olhei para esses breves momentos com grande alegria.
No entanto este é um álbum diferentes , maduro e cheio de fruta nova, nota-se uma experiência (positiva) pelo R&B, e instrumentais diferentes daqueles a que estávamos tãããão habituados.
O álbum tem toda uma carga e bagagem que é impossível não o querer ouvir de uma ponta à outra. As músicas deixaram (quase) para trás os ritmos cliché e as letras fracas e apoderaram-se de uma história. O álbum todo conta uma história, há uma coesão entre todas as músicas e percebe-se o trabalho criativo por detrás de cada uma.
Cada uma das raparigas tem o seu tempo e espaço e sinceramente é como se elas fossem realmente as atrizes certas para o papel, ferozes, conquistadoras e independentes. Um álbum dedicado a mulheres, contado e cantado por mulheres. Histórias pelas quais todas já passámos ou vamos passar, é como ter uma voz amiga a sussurrar tudo aquilo que queremos ouvir.
Há músicas para dançar, chorar e pensar. Um livro tão bem escrito quanto interpretado, sente-se a química das vozes como se as estivéssemos a ver.
Sinceramente ouvi o álbum durante uma viagem de carro longa e no fim pensei “já acabou?”. É como se esta girlsband estivesse a dar a sua voz a parte de um movimento que também passa pelo apoio que deve haver entre mulheres.

No entanto devo dizer que tenho músicas favoritas:

-Monster in me
-Joan of Arc
-American Boy (já sabia que ia haver uma música deste género e claro que pequei por a adorar)
-Told You So

No final das contas, um dos melhores albuns deste ano!!

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